domingo, dezembro 05, 2004
"Tanto faz se a arte vem da tela do computador ou de uma caixinha de fósforos. Eu quero é que ela me emocione".
-Marcelo Yuka
-Marcelo Yuka
E assim terminou o ciclo de sexta-feira do Super Demo Digital, evento que está acontecendo desde o dia 30, no CCBB.
O bom de ficar de bobeira - ou quase - no centro do Rio é isso. Olha daqui, roda dali e ops! Tem alguma coisa acontecendo.
A parte mais engraçada é que eu era, ou parecia ser, a única não ligada a nenhum tipo de arte ali. Todo mundo ou tinha um projeto, ou uma banda ou uma produtora. Ou seja: todo mundo era "artista" e isso ficou bem claro na saída quando o cara que tava do meu lado perguntou se eu tocava algum instrumento ou tinha banda (!!!). Ao ouvir a resposta me deu dois tapinhas nas costas e... "tchau".
Outro ponto alto era constatar que o poder de prolixidade das pessoas pode ir além do usual Caetanear. Passa por toda Revolução Industrial, Bauhaus, Andy Warhol, até os dias de hoje, tudo para chegar a perspectiva de um projeto, que ainda não tem beeeeem uma perspectiva, entende? Não?! Eu também não e confesso que me perdi várias vezes, tentando me concentrar e fazer cara de paisagem, mesmo com a cara vermelha voltada para o chão ou teto, já que esse aqui também parecia passar pela mesma situação e então, encarar a mesa ficava difícil.
Mas não foi só alegria, alguns momentos de tédio também permearam o ambiente e alguns mais calorosos idem, principalmente quando se tratava de direitos autorais e de imagens. Aí, quando a coisa começou a esquentar a mocinha do CCBB lembrou que o tempo estava acabando e desta forma, mais uma palestra foi salva antes que o negócio descambasse de vez para filosofia de botequim.