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domingo, janeiro 18, 2004

É impressionante o número de gente sem-noção neste mundo. Dia desses, entra no elevador uma mulher apavorada, com uma menininha no colo - cerca de 5, 6 anos de idade - porque ambas ficaram presas no subsolo do prédio que sempre fica com as luzes apagadas porque quase nunca é utilizado.
O elevador começa a subir e a mulher a reclamar do "desgraçado" que havia feito a gentileza de apertar o botão para ela: "Por isso ele ficou dando tchauzinho e rindo! E ainda teve coragem de desejar boa viagem!". De tanto resmungar, a criança foi ficando cada vez mais nervosa, quase chorando. Nisso, uma senhora intervém, no intuito de fazer com que a mulher se acalme e ao mesmo tempo, distrair a menina pra ela não abrir o berreiro lá dentro. Explicou em tom didático - para ambas entenderem - o porquê das luzes ficarem apagadas, que talvez a pessoa não tivesse a intenção de mandá-las pro subsolo e que elas não são as primeiras a ficar presas lá embaixo, já que muitos, ao invés de apertar o "A", apertam o "S".
Talvez pelas caras e bocas da mulher, a menininha fechava cada vez mais a cara e a senhora, já chegando ao seu andar, acaricia o rosto da criança e manda: "Tá tudo bem querida. Já passou. Agora pára de fazer essa carinha feia!". Tudo muito certo - se a garotinha não fosse estrábica e tivesse lábio leporino.




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