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sábado, agosto 10, 2002

Após 1 semana e um dia, já dá falar sobre a (re) estréia da Rádio Fluminense, agora em FM. Mas antes, vamos a transcrição de alguns trechos retirados da estréia da rádio.
A primeira música foi “Painting in black” , dos Stones, tocada U2 , por se tratar de duas bandas atemporais, seguida de uma vozinha de alienígena, versando H. G. Weels, de “Guerra dos mundos”, para mostrar a "conquista do dial carioca".



Após isso, a locutora enumerou os porquês da rádio ter voltado e a sua importância:



“1.º Porque foi a Fluminense que fez o Rock Brasil acontecer. Sem a Flu não existiriam bandas como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, Kid Abelha, Cidade Negra, Celso Blues Boy e outras tantas, ou então a história seria contada de uma outra maneira. Nesta nova edição mantivemos essa mesma proposta e colocamos no ar Bela Godiva, 8mm, Leela e outras mais.”



“2.º Sem a Flu, não teríamos conhecido ou então teríamos conhecido muito mais tarde, artistas como o U2, Pixes, Guns ‘n Roses, que foram lançados aqui. Exatamente o que já acontece com The Hives, Helicopters, System of a Down, que foi lançada na Fluminense AM, há quase 1 ano.”



“3.º Porque sem a Flu, você não saberia por exemplo, que o Led Tem milhares de outras músicas além de “Stairway to heaven” e “All your love”. Você sabia que o The Doors tem mais músicas que “Light my fire”?, que o power trio Rush não sobrevive só de “Tom Sawyer”?- aliás o Rush vai muito bem, obrigada, com “One little victory”, já na nossa programação.”



“4.º Porque sem a Flu, não haveria locutoras maneiríssimas no dial.”


“Enfim, resumindo a parada: o Rock nacional estava órfão, os lançamentos estavam exilados e os clássicos, classificados. Uma rádio como há muito tempo não se ouvia está pronta, está aqui. Ou melhor, como você nunca ouviu antes, porque a Fluminense FM, a mítica maldita está de volta, numa nova versão, turbinada, 2.0, ou melhor, 94.9 FM, a sua freqüência original, de onde nunca deveria ter saído. Não, mas pensando bem deveria sim, viu? Para voltar mais ousada, atualizada, moderna e sempre clássica. E está decretada a extinção do “sem rádio”!”



Empolgante, não? Daí veio o bloco de músicas: “Come together”, Beatles; “Aquience”, Oasis; “Just like heaven”, The Cure; Capital Inicial; “Lithium”, Nirvana; Black Crows; Midnight Oil, Cosmic Rough Riders , “She”, Green Day; Charlie Brown Jr.; “Monsters”, L7; “Bigmouth strikes again” , versão Placebo; “The divisions”,Rush; “In the end”, Linkin Park., versão BBC.



Bom, neste momento a minha fita acabou, com a graça de Deus e infelizmente não posso precisar a hora do “AUGE” de toda programação até então: toda feliz, a locutora bradou algo mais ou menos assim: “agora, nenhum paulista vai poder sacanear a gente dizendo que aqui não existe rádio rock...”. *Ui!*



Após uma entrevista do Luis Antônio Mello aqui, participação ao vivo do Pedro Luis e a Parede acolá, fora ligação de alguns Titãs (o Lúcio ia a-m-a-r) e Paralamas, não deu. Simplesmente n-ã-o d-e-u. Perigava o Kid Abelha chegar.



No decorrer da semana, eu bem que tentei, não uma, mas várias vezes. Afinal, foi nessa freqüência que eu escutei um dos apresentadores do College Radio (programa das tardes de Sábado de música alternativa comandado por caras como Rodrigo Lariú, Maradonna, Marcos, Dodô e provavelmente gente que me foge à memória), colocar um som de uma banda nova e dizer: “vocês ainda vão escutar falar muito nessa banda: Nirvana, guardem esse nome”. Foi também lá que eu escutei pela primeira vez Sonic Youth, Stone Roses Pixes, Smashing Pumpkins, Pearl Jam, Morphine, Pavement, Violent Femmes, Pulp... e bandas nacionais como Second Come, Brincando de Deus, Stellar...lembrem-se que naquele tempo não tínhamos a facilidade que temos hoje de escutar as novidades, e na verdade líamos mais do que ouvíamos. Ou seja: apesar de tocar muitos clássicos, a Maldita realmente era a pioneira aqui no Rio em nos mostrar novidades. E hoje, talvez nas minhas tentativas frustradas em ouvir a “reformulada” e “2.0” Radio Fluminense FM o que escuto: “Exagerado”, Barão Vermelho; Limp Biscuit; “Alive”, Pearl Jam; “Iron Man”, Black Sabath; CPM 22 e, enquanto escrevo isto aqui, “Cocaine”, Eric Clapton, Beck e Bon Jovi – sem falar numa banda cujo vocalista tem a voz parecida com a do Paulo Ricardo. Como vocês podem notar, me recuso a conceber a idéia de que também andam tocando RPM. Enquanto isso, só resta mesmo ouvir o “Rush”, às 18h de vez em quando e esperar que ela volte a pelo menos ser um um pouco mais ousada como era em sua versão AM - dos males, o menor.





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