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segunda-feira, junho 24, 2002


Era uma vez um francês que gostava de vagar pelo mundo. Seu nome era Arnot. Arnot confiava em qualquer um e achava que todo mundo era amigo. Um belo dia, ele decide arrumar as malas pra conhecer um país exótico da América do Sul. No avião, conhece um brasileiro que também achava que todo mundo era legal e os dois ficam amigos. Como o francês não tinha onde ficar e também não sabia patavinas de português, o compadecido brasileiro resolve levar o francês a tira-colo. Onde eles foram parar? Na minha faculdade, lógico – o tal brasileiro era de lá. Muito participativo, além de freqüentar algumas de nossas aulas, ir às nossas festas e tomar conta da casa do brasileiro quando este tinha que se ausentar - éramos felizes, estudávamos fora – , sua maior contribuição era quando fazíamos yakisoba. Um levava brócolis, outro cenoura ... ele entrava com a erva.
Com esse entrosamento todo, tinha ficado combinado que iríamos todos (!!!) para França no ano seguinte, assistir a Copa pois já tínhamos onde ficar- sim, isso já faz muiiiito tempo e só me veio a memória em virtude do mundial.
Admirávamos seu desprendimento e coragem de sair sem rumo em busca de novos horizontes e ele, a nossa capacidade de administrar tudo ao mesmo tempo. Só que suas raízes lá em Paris eram profundas e o francês teve que voltar às pressas, sem se despedir de quase ninguém.
E foi assim que percebemos que não éramos tão diferentes, e que toda aquela falta de apego não existia, era só uma outra maneira de encarar a vida.





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