sexta-feira, janeiro 11, 2002
E quando se pensa que está tudo resolvido, eis que sonho com a Facul. Daí as lembranças brotam como nunca e lembro:
- Do 1o período, quando eu era A "A.S": me negava a freqüentar qualquer festa porque eram todas regadas a muito axé e pagode. Lembram do "É o bicho é o bicho/ vou te devorar/ crocodilo eu sou..."? e "Ele vai dar uma ...na barata dela/ Ele vai dar uma ...na barata dela.."? Não???!!! Você é uma pessoa abençoada.
- Da missa para os cadáveres que usávamos no anatômico.
- Da 1a festa que eu fui e fiquei radiante por escutar "The Cure"e "The Smiths". Mas como eu era "caloura" nesse assunto, não sabia que essa era a senha do, hã como poderei dizer..., "DJ" de que a festa tinha chegado ao fim.
- Da gente voltando pra casa de madrugada, morrendo de frio e morrendo de medo do ataque dos irmãos necrófilos de Friburgo.
- Da polícia batendo na porta por causa do barulho nas concentrações que rolavam antes das festas.
- De descobrir que sempre tinha um policial amigo de alguém.
- De dormir de edredon toda noite.
- Da Select do posto de gasolina que sempre nos salvava da larica da madruga.
- Da minha paciente Moranguinho que me levava morangos fresquinhos toda semana (ou então geléia).
- Da monitoria de segunda-feira que sempre terminava por volta das 23h e nós íamos correndo para o restaurante- azul de fome -e implorávamos para o garçon abrir o restaurante de novo e a cara de mau que dele, que se desfazia depois de muita conversa fiada.
- Das noites do yakisoba comunitário- em que cada um levava um legume, do fondue e do restaurante japonês que a gente só ia pra tomar missoshiru e comer rolinho primavera porque o resto era muito caro.
- Do estresse antes das provas - principalmente as práticas.
- Das cachoeiras.
- Das Olimpiadas entre as Faculdades e os micos que sempre alguém pagava dando uma de atleta.
- Dos professores se fazendo de garotões perto da gente.
- Das noites dormidas no elevador porque alguém sempre esquecia a chave.
- De poder sair de casa sem precisar avisar se ia voltar ou não pra dormir.
- Dos perregues, desilusões e gargalhadas.
- Dos que se foram e dos que ficaram pra contar mais.
- Do último período quando a gente subia e/ou descia a serra escutando alguém cantarolar:
"Mudaram as estações
mas nada mudou
mas eu sei que alguma coisa aconteceu
tá tudo assim tão diferente
se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
sempre acaba..."
- "Tristeza não tem fim, felicidade sim..."