quarta-feira, janeiro 02, 2002
Ócio é uma coisa um tanto quanto perigosa, apesar de muitas vezes nos fazer bem (grandes descobertas, dizem, foram frutos do ócio). Hoje como não tinha nada melhor pra se fazer e também como não estava em minha casa (onde estão meus cds, minha tv etc. ) acabei lendo a coluna do Gerald Thomas. Sim, nunca havia lido coluna dele e devo admitir uma coisa que eu tento evitar em mim: por puro preconceito. Sempre o achei -e continuo achando - too much: pretencioso demais, arrogante demais e que acha todos a sua volta são um cocô -uma pequena mostra disso foi no programa "Tudo de Bom" quando ele soltou os bichos com o câmera da MTV. Bom, voltando à coluna, diante do déficit de colunistas em que anda o JB realmente me surpreendeu, principalmente porque tocou em pontos que eu concordo plenamente (meu deus!!!Eu tenho pontos de vista semelhantes ao Gerald!!! Acho que tô om febre) e dificilmente são abordados por aí... Enfim, se alguém ainda estiver lendo isso aqui e tiver curiosidade sobre o que estou falando, aí vai um trecho:
"Quando não há saídas, existe a combustão. Cássia Eller morreu. Vão tentar achar explicações médicas para sua morte. Assim como há explicação pra todas as mortes. O que não se fala (e não se aceita) é que o artista é feito de outro ''material''. Glauber, por exemplo. Deve ter morrido de desgosto. Cazuza e Renato devem ter morrido de vidência. Não viam mas deviam sentir que o futuro era péssimo. A lista de artistas mortos porque não conseguiram mais ver a luz no fim do túnel é enorme. Sempre foi assim. Mas nunca foi assim tão grave como tem sido. "